terça-feira, 11 de novembro de 2014

Você é o que você DORME




Algumas mudanças sociais vêm acontecendo de uma forma naturalmente artificial, como fazer uso de produtos industrializados se torna item prioritário na lista de compras, devido sua comodidade e sabores que sabotam nossas papilas gustativas e neuroreceptores. Em outras palavras são substancias sem permissão para entrar no organismo que se disfarçam de alimentos e nutrientes para burlar a segurança na porta de entrada. Mas esse é assunto que merece um post bem caprichado. Outra mudança social é a privação do sono, dorme-se menos para ganhar mais horas de trabalho ou estudo.
Dormir definitivamente não se resume a descanso e relaxamento. Há quem diga que é coisa de malandro. Mas o sono está diretamente associado à obesidade, infecções, produção de hormônio do crescimento (GH) e diabetes.
Vai muito além de mero artigo de luxo. As gerações passadas dormiam em média 8 horas por dia, e nem por isso deixavam de trabalhar, estudar e cuidar da casa. Pela manhã o despertador era o galo que disciplinadamente cantava no topo do telhado ou na crista da cerca dando o sinal da manhã chegando. Banho tomado, chaleira chiando no fogão, aroma de café no ar, pão sovado no dia anterior, mandioca cozida e ovo caipira cozido. Todos sentados à mesa, fazendo o desjejum, preparando o organismo para todos os afazeres do dia. Os pais abraçavam cada um dos filhos, com os mais sinceros sentimentos e vibrações, desejando e abençoando para que seu dia seja repleto de amor e carinho. O sol nem raiou e todos estão prontos. Os filhos com seus livros, cadernos, pena e tinteiro. Os pais seguiam em direção a mangueira para tratar os animais e limpar os estábulos. E lá vem o sol brotando das montanhas.  Em seguida era hora de averiguar a plantação, colher os frutos maduros, plantar novas mudas, revirar a terra, carregar as sacas para o barracão, irrigar as plantas.
Para o almoço, 100% dos alimentos eram orgânicos, as melhores verduras, hortaliças e legumes eram para consumo próprio. O remanescente trocavam por queijo do vizinho, peixe escalado, galinha ou farinha. No café da tarde o pão de aipim quentinho com a manteiga feita ali mesmo, café colhido no quintal e torrado na varanda com leite gordo e açúcar grosso,  banana assada na chapa do fogão, e mais uns quitutes na mesa que sempre estava farta. O sol se despedindo avisando que estava na hora de encerrar as atividades. Todos em casa, jantar servido sob a luz natural do entardecer. As 8 da noite banho tomado, uma breve leitura, uma oração (meditação) agradecendo por todo aquele alimento que a terra oferece, pela mesa farta, a saúde dos filhos, pela memória de seres iluminados que fizeram parte de suas vidas, sem pressa para acabar, almejando o futuro cada vez melhor para todos o seus. E nove horas de sono depois, o ciclo se inicia.
Nove horas de sono, com trabalho executado, estudo feito, alimentação limpa e prosperidade livre de ansiedade e tensões constantes. Essa paz e tranquilidade podem parecer cena de filme ou livro, mas fisiologicamente o organismo de hoje é o mesmo de 50 anos atrás. Fisiologia essa que diz respeito a hormônio da saciedade sendo menos liberado, consequentemente a fome é maior, visto que este hormônio é responsável pela saciedade.
A falta de sono também está associada ao diabetes. A privação de descanso inibe a produção de insulina hormônio responsável pela captação de glicose e aminoácidos para dentro das células, e potencializa a liberação de cortisol, hormônio do stress, o qual exerce papel contrário a insulina promovendo um estado pré diabético.
Resumindo, mais comida para saciar a fome em função dos baixos níveis de leptina, menor captação de glicose pela desregularão na produção de insulina, acompanhado com ganho de peso constante, cansaço, perda de memória de curto prazo, raciocínio lento, dificuldade de concentração e criatividade comprometida.
Um carro precisa parar para manutenção. É impossível fazer uma revisão com o carro em movimento, da mesma forma o corpo humano, essa máquina mais perfeita e inteligente do mundo precisa parar, é dormindo que a mágica acontece, tecidos regenerados, toxinas eliminadas, hormônios regulados e principalmente SISTEMA IMUNOLÓGICO blindado. Nunca se vendeu tanto remédio, para dor de cabeça, dor no corpo, gripe, febre, náuseas, constipação intestinal.
A forma imediatista e ansiosa em que a sociedade caminha está ofuscando o poder autossuficiente que temos, de escolher o melhor de tudo em todos os sentidos. O poder de saúde plena por mérito próprio. Simplesmente reserve um momento de seu dia, livre de agitações, sem muita luz direta e silencioso, feche seus olhos e mentalize sua vida ideal e sinta esse momento, escolha como será daqui para frente, aceite-se e caminhe em direção aos seus sonhos.

  

sábado, 5 de abril de 2014

CORANTE A BASE DE INSETO: Mais comum que se imagina.


   O corante a base de CARMIM CONCHONILHA é amplamente utilizado pela indústria na fabricação de produtos alimentares, para dar a coloração rósea avermelhada. Até aí nada passa de uma mera informação com nome complicado parecendo componente químico.
    O que poucos sabem é de onde vem esse nome, e eu vos digo, vem de um inseto, da família dos pulgões e dos carrapatos.
    Processo com registros históricos de 1787, em que os mexicanos esmagavam milhares de besouros para a obtenção do corante. As fêmeas possuem em seu interior esse liquido vermelho, são necessários cerca de 80.000 insetos para obtenção de 500 gramas do corante.
    A forma de identificar se o produto contem esse tipo de substancia, é só ler nos ingredientes se há os dizeres “Corante natural carmim de cochonilha”; Corante natural carmim; corante cochonilha;  C.I. 75470 ou E120.
    Outros corantes já são utilizados, como o de beterraba e urucum por exemplo, a grande questão é econômica visto que esses animais são considerados uma praga em várias regiõs inclusive na região nordeste do Brasil, onde trouxeram alguns exemplares para pesquisa,e a proliferação foi tão grande que está acabando com as plantações de palma forrageira que é utilizada para a alimentação dos animais da região. Lei da oferta e demanda, é provável que o corante extraído dos insetos esmagados seja muito mais barato do que os corantes realmente naturais, os vegetais.
   Acho válido que essa informação chegue a mais pessoas, principalmente as que consomem as coisas industriais e vermelhas como biscoitos, refrigerantes, sorvetes, iogurtes, alguns suplementos (sabor morango).